Morreu o agricultor Fortunato Padilha de Souza

Fotos: Arquivo Pessoal
Fortunato Padilha de Souza, 88 anos, nasceu no município de Quevedos, em 3 de agosto de 1930. Ele cresceu na zona rural, com os irmãos Maria, Terezinha, Gabriel, Fermino, Ari, Nicanor, Serafim e Fredolino. Nos idos de 1969, Fortunato foi convidado pelo fundador do Lar das Vovozinhas, o diácono Constantino Cardióli, para cuidar da criação de animais da entidade.

O agricultor morou nos fundos do Lar, onde criou sozinho o único filho, Osmar Melo de Souza, 47 anos. Com o passar do tempo, Fortunato deixou de ser apenas o agricultor da instituição e passou a ser um "faz tudo", auxiliando, até mesmo, na arrecadação de doações.

Quando o Lar das Vovozinhas parou de criar os animais, "Seu Fortunato" como era conhecido, se dedicava à horta da instituição, onde plantava, abóbora, milho e moranga.

Colega de Fortunato, Amauri Keller, foi testemunha do amor que o quevendense tinha pela instituição, onde morou por quase cinco décadas:

- O trabalho dele na horta era perfeito. Fico sem palavras para descrevê-lo. Quando eu o convidava para recolher doações, ele vinha na hora. Eu chegava, pela manhã, e ia tomar chimarrão com o Fortunato. Foram 22 anos de convivência.

Do filho Osmar, Fortunato ganhou a neta Milena Silva de Souza, 21 anos. Ela lembra do avô como um homem fortee contador de histórias. Todas as semanas, ela e o pai visitam Fortunato. Dentre as histórias narradas por ele, a estudante recorda-se de várias, principalmente das que falavam de caçadas, pescarias e bailes:

- Ele era a expressão latente de trabalhador. A prova disso é que trabalhou, praticamente, até os últimos anos de vida

Fortunato gostava de jogar bocha e conviver com os amigos. Osmar lembra que o pai tinha facilidade de fazer amigos e que valorizava cada um deles.

- Um dos locais preferidos do pai era um bar na Avenida Medianeira, próximo ao antigo Pronto-Atendimento. Quando precisou colocar um marca-passo, ele passou a morar comigo.

Devido a problemas cardíacos, Fortunato faleceu no dia 21 de janeiro. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal.

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